Manoel Emídio de Souza , nascido em 19 de dezembro 1886. Natural de Catolé do Rocha-PB. A sua juventude, transcorrida no âmbito
familiar, caracterizou-se pela mais acentuada pobreza, fato que em nada
contribuiu para arrefecer o ânimo de jovem paraibano que assim inciava os seus
primeiros passos através da prática de uma rudimentar agricultura. No
transcurso do Natal de 1917 Manoel Emídio contraia núpcias com a jovem MARIA
VERA DINIZ, filha de Felipe Fragoso Diniz e Teodora Viera Veras, escolhendo,
então, a cidade de Alexandria-RN, para nela fixar o seu primeiro e neófito lar.
A escolha da cidade de Alexandria, para fixação de sua residência, continuou para ele, Manoel Emídio como uma das mais acertadas inciativas de
sua existência, porquanto, foi em Alexandria que despontou em Manoel Emídio uma invejável vocação para o comércio. Iniciado logo nos primeiros anos com
bastante êxito, atribuindo-se, contudo, tão vertiginoso progresso, aos
rudimentares, mas seguros. Estudos empreendidos pelo jovem, quando ainda de sua
permanência no meio rural, onde frequentou pôr alguns meses, apenas, as escolas
noturnas da época, iluminadas à luz de lamparinas.
Guiado pôr
um estoicismo sertanejo invulgar, conquistou logo, Manoel Emídio, uma
inabalável confiança para com os demais habitantes da pequena comuna, que o
fizeram, dado o seu acentuado empenho na solução dos problemas comuns, em curto
espaço de tempo, enveredar pelos caminhos da política, tendo chegado a ocupar
por três vezes a chefia do município de
Alexandria que, na oportunidade se achava, nos idos de 1930 e com a denominação
de João Pessoa, com a indiscutível ajuda dele Manoel Emídio de Sousa. Dentre
suas inúmeras obras, pode-se-ia destacar o prédio, atualmente remodelado, da Prefeitura
de Alexandria, o açougue público, o prédio da Av. Gregório de Paiva onde
funcionou o Grupo Escolar Cel João Bernardino, atual escola de 1º Grau Waldemar
Veras que não obstante tratar-se de prédio público estadual da gestão do
interventor Mário Câmara, foi construído pela administração municipal de Manoel
Emidio, além da primeira iluminação elétrica, realizada no final de 1940, e
muitas outras realizações.
Alguns
episódios de ordem pública poderiam ser lembrados, como marcantes da inquebrantável personalidade de Manoel Emidio de Sousa, dentre os quais, o
fato de ter negado apoio político ao interventor Mário Câmara, decidindo-se em
favor de José Augusto Bezerra de Medeiros, no início da celebre campanha de
1934, onde Manoel Emídio teve relevante papel, no âmbito da política
alexandriense.
Encerradas as
suas atividades políticas no município de Alexandria, onde teve que deixar o
comando da Prefeitura, por motivo de doença, veio ainda, Manoel Emídio, a
convite do então interventor Rui Carneiro, da Paraíba, a assumir o cargo de
prefeito do município de Catolé do Rocha, no período de 31 de dezembro de 1944
a 27 de janeiro de 1946, oportunidade em que, mesmo por um curto período,
também fez valer, agora em sua própria terra natal, os efeitos de uma
administração séria e competente.
Ao indiciar-se no pais a redemocratização, nos idos de 1945, residia Manoel Emídio na cidade de Catolé do Rocha, em companhia, agora, de sua segunda esposa
Maria Bezerra de Souza, filha de Antonio Bezerra de Melo e Maria Bezerra de
Oliveira, tendo havido desse segundo consórcio, três filhos, enquanto que, do
primeiro, com MARIA VERAS DINIZ, houve seis filhos, para totalizar com os três
filhos nascidos de Elizabeth Carvalho, com a qual contraiu terceiras núpcias, uma
prole de 11 filhos. Após residir por um período de 9 anos na cidade de Campina
Grande, voltou Manoel Emídio, agora em companhia de sua terceira e última
esposa Elisabeth Carvalho, a residir em Alexandria, onde veio a falecer aos 28
de maio de 1964, contando a idade de 67 anos
ESCREVEU ANTONIO DE SOUZA VERAS- ALEXANDRIA, DEZEMBRO
DE 1996
MARIA VERAS DINIZ, natural de Alexandria-RN, nascida em
13 de março de 1894 e faleceu em 29 de abril de 1933.casada com Manoel Emídio
de Souza, mãe do desembargador Zulmat de Souza Veras e do deputado e prefeito
de Alexandria Waldemar Veras